Você sabia que todos os clicks mais simples do dia a dia, desde o login em uma rede social até uma compra utilizando o cartão de crédito, envolvem o compartilhamento de dados?
Aquele simples Wi-Fi que você conecta no shopping ou um acesso de aplicativo, onde você chega a “fazer login com a rede social x”, também participam deste fluxo de informações. Com a pandemia instaurada pelo novo coronavírus, o assunto tem ficado cada vez mais em pauta, já que a internet se tornou berço para todos os tipos de compras.
Recentemente, mais de 223 milhões de brasileiros tiveram suas informações expostas, em um “megavazamento”, onde nomes completos, CPF, e-mail, celular, sexo, e data de nascimento estavam disponíveis para compra em um fórum de internet, por R$95 mil (convertido em 0,3 bitcoin). O número é superior à população do país, tendo em vista que dados de pessoas falecidas também foram divulgados. De acordo com a reportagem apurada pelo G1, o fato veio à tona após as tentativas de venda online da base de dados.
Desde janeiro, o Brasil vem sofrendo com diversos ataques de vazamento de dados. O primeiro de 2021 teve, também, CNPJs e carteiras de habilitação disponíveis para comercialização na internet. E, com isso, um ponto tem chamado muita atenção das empresas de segurança: a forma que os sites indexados no Google passaram a enriquecer suas bases, de forma considerável, com informações complexas e, sem muitas restrições. E a forma como estas têm utilizado tantos dados.
Após a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em setembro de 2020, o país começou a contar com uma legislação que garante os direitos de privacidade de dados de seus consumidores. A lei sancionada tem como objetivo proteger os cidadãos brasileiros da exposição de dados pessoais e inibir o uso indevido e sem autorização destas informações.
Como utilizar o marketing de dados para expandir rentabilidade e vendas?
Em um mercado cada vez mais competitivo, com empresas em constante atualização digital, é importante conhecer práticas que podem impulsionar ainda mais a sua marca. Uma delas é implementar a cultura do marketing de dados. Você já deve ter escutado algo sobre isso e, se não escutou, este texto é para você. Recentemente, as campanhas…
Todo mundo gosta de ganhar desconto em uma loja fazendo um cadastro, acessar uma rede social de graça em troca de publicidade ou, até mesmo, participar de uma pesquisa para ganhar brindes. São vários os exemplos diários de situações em que as pessoas não têm problema em fornecer dados pessoais como nome, endereço, CPF e muitos outros para receber algum benefício. Mas, ainda, ninguém fica feliz ao descobrir que aquelas informações foram compartilhadas, sem justificativa, para alguma outra empresa utilizar seus dados como lead para telemarketing, enviando um monte de e-mails ou, até mesmo, usando seus dados para alguma fraude.
Isso sem contar o transtorno que pode acontecer se o vazamento de dados for ainda mais importante, como números de cartão de crédito, senhas e informações bancárias. E são esses aspectos que a Lei Geral de Proteção de Dados busca abordar, no Brasil. Foram impostas obrigações que impactam diretamente o cotidiano das empresas.
Por isso, com tantas mudanças na forma de armazenar dados de clientes, você sabe como assegurar as informações depois de uma compra realizada em seu site?
As organizações têm o dever de conscientizar o usuário sobre quais dados serão coletados, como serão tratados, para quais finalidades serão usados e, ainda, deixar claro quais são os seus direitos. Além disso, é fundamental que a empresa não conflite com estes direitos ou liberdades do titular da compra.
Qual o processo para iniciar o compliance dos dados?
Em um estudo feito recentemente descobriu-se que mais de 84% dos brasileiros nunca checaram se as companhias utilizam seus dados de maneira responsável. O número é superior à média internacional, que chega a 70%. Mas é bom ter a noção de que a LGPD vale para todo mundo: empresas grandes ou pequenas. Digitais ou não. E todas, sem exceção, precisaram se readaptar para proteger melhor seus consumidores, funcionários e parceiros comerciais. Isso, claro, para evitar abusos no uso de dados por empresas que não respeitam a privacidade e os direitos de seus clientes, tornando a privacidade das informações pessoais um “carro-chefe” nas organizações, por conta dos impactos negativos na vida dos usuários quando não levada a sério.
Além disso, é importante saber que a LGPD não apareceu para prejudicar nenhum modelo de negócio. Na verdade, o objetivo é que ela passe a ajudar e dar mais credibilidade, pois apresenta segurança e certa flexibilidade, ao mesmo tempo, quando comparada com as leis anteriores.
De início, para não gerar problemas futuros, as organizações precisam processar poucos dados dos clientes e armazená-los em formatos que dificultem a identificação dos indivíduos. Uma alternativa é a criptografia destes.
É imprescindível que as organizações armazenem os dados em formatos que facilitem a portabilidade das informações e desenvolvam melhorias constantes na segurança do armazenamento e transferência para outros locais. No mercado, inclusive, diversas empresas são especializadas nesse tipo de serviço.
Resumindo
A revolução da internet, com os mais variados tipos de dispositivos móveis, como os smartphones, e as redes sociais, que têm muita influência neste cenário, tornaram o assunto mais complexo e a forma que expomos nossos dados muito mais natural e perigosa.
Por mais que os brasileiros ainda não se atentem tanto à importância do destino das informações disponibilizadas online, a conscientização está começando a ser implementada no mercado e, até mesmo, em cada indivíduo que busca se informar um pouco mais. Algumas empresas de tecnologia estão apostando em produtos que incluem considerações de consentimento e privacidade do produto, o que é favorável a empresas que oferecem serviços de inteligência da informação.
É bom ressaltar que a própria legislação reforça a importância das marcas investirem, cada vez mais, no relacionamento com seus clientes. Mas é importante relembrar que a LGPD não veio para impedir a coleta, armazenamento ou a utilização dos dados pessoais de indivíduos. Ela estabelece diretrizes de como as informações devem ser melhor utilizadas para proteger as pessoas, de forma que o resultado seja efetivo. Por mais que a regulamentação possa parecer um pouco repetitiva, são episódios que se complementam para dar um resultado robusto, efetivo e redondo.
Você quer que a sua empresa perca um alto investimento em aquisição de leads? Claro que não, né? Então é importante que ela siga todas as diretrizes de segurança, passo a passo, na série de bases legais que podem ser utilizadas como fundamento para o tratamento de dados pessoais.
Em outras palavras, não é necessário obter o consentimento do titular para tudo que será feito com o dado, mas é preciso ter muito cuidado para que estes não vazem ou infrinjam algum parâmetro da Lei de Proteção. Este é o momento para, indivíduos que querem mais controle sobre seus dados, observarem quem, realmente, se preocupa com sua segurança. E, para as organizações, é a melhor oportunidade para demonstrar mais confiança e controle sobre tudo o que passa por suas mãos.
Crie experiências para seus clientes
baseadas nos dados que eles te entregam.
Saiba mais AQUI.